Desde 2013, uma resolução do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) regulamenta a prática da fitoterapia. Essa nova competência vem se juntar a um universo de possibilidades para o tratamento de pacientes, junto aos alopáticos. Ademais, essa já é uma prática comum que reduz a toxicidade dos medicamentos comuns.
A fitoterapia pode ser considerada um método antigo, mas que somente agora ganha sua devida regulamentação. A palavra vem de “Phyton” (planta) + “Therapia” (tratamento), ou seja, o tratamento com plantas medicinais em que são extraídos seus princípios ativos.
Essa nova configuração medicinal traz diversos benefícios para prescritores e pacientes. Afinal, a adoção de tratamentos naturais já faz parte da cultura brasileira. Ficou interessado em adotar a fitoterapia? Veja mais informações sobre a tema neste texto!
O QUE A REGULAMENTAÇÃO DIZ
Como estabelecido pelo CFN, nutricionistas podem medicar plantas medicinais e chás medicinais. Entretanto, para a prescrição de medicamentos fitoterápicos é necessário uma especialização ou certificado de pós-graduação lato sensu nessa área.
Outro ponto interessante é que o profissional deve ter apoio científico quanto à eficácia e segurança dos medicamentos de fitoterapia que escolher. Assim como, levar em conta as contraindicações e possíveis efeitos na combinação com outros medicamentos convencionais (alopáticos).
O profissional também tem a obrigação de indicar ao paciente como fazer uso da substância, seja ela uma planta ou fitoterápico. Informar os possíveis efeitos colaterais e adversidades desses medicamentos.
BENEFÍCIOS DA FITOTERAPIA
Em 2006, o Brasil ganhou o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, um avanço para os pacientes. Pois, com isso ficou mais fácil comprar medicamentos fitoterápicos em farmácias e drogarias. E esta tem sido uma escolha mais comum dos brasileiros.
Primeiramente, porque a fitoterapia está relacionada ao baixo índice de efeitos colaterais. Além disso, regula e estimula funções orgânicas do nosso organismo, assim como melhora o desempenho dele. Outra vantagem é que não causa dependência. Sem contar que o uso de fitoterápicos, em sua maioria, não compromete o tratamento com alopáticos.
COMO FUNCIONA A PRESCRIÇÃO
Ao estar em contato com o paciente, o nutricionista deve fazer a anamnese clínica de praxe. Nesta fase, estar atento se o paciente possui alguma restrição ao uso de plantas medicinais ou medicamentos fitoterápicos.
Em seguida, caso o relato seja de sintomas pontuais em que a literatura da fitoterapia pode auxiliar, considere a opção. Aliás, o profissional deve avaliar os riscos e benefícios dessa prescrição.
Já tomada a decisão por fitoterápicos, na receita clínica estarão todos os detalhes da nomenclatura botânica, nome popular e formas de preparo. Incluir também a posologia e a melhor forma de usar o medicamento. Lembre-se de dizer ao paciente para relatar qualquer reação adversa.
ESPECIALIZAÇÃO EM FITOTERAPIA
Quem estiver interessado em obter a titulação, é possível na Associação Brasileira de Nutrição (Asbran). No curso serão informados todos os procedimentos e normas de escolher e receitar um fitoterápico.
E você, já tem adicionada a prática de fitoterapia em seu currículo? Pensa em adicionar? Deixe o seu comentário!