Profissionais de todas as áreas podem passar por episódios de estresse. Não há como se manter sempre blindado das situações tensas, passíveis de se enfrentar no trabalho. Mas quando esse excesso de estresse chega a níveis altos, pode se enquadrar num esgotamento emocional, característico da síndrome de burnout. O profissional de farmácia, inclusive, está muito suscetível ao problema.
Aliás, a área da saúde é uma das mais afetadas pela síndrome. Condições de trabalho, responsabilidades e o próprio cargo em si são fatores que pesam no emocional do profissional. Como veremos a seguir, um farmacêutico com sintomas de burnout não é capaz de oferecer a mesma qualidade na assistência à saúde do próximo.
Também devemos nos lembrar que o farmacêuticos estão na linha de frente de combate do coronavírus. Isso implica em situações excepcionais, com as quais esses profissionais nunca lidaram. Sendo assim, é essencial conhecer como a síndrome de burnout se manifesta, seus sinais e como é direcionado o tratamento. Continue a leitura e saiba mais!
A SÍNDROME DE BURNOUT NO PROFISSIONAL DE FARMÁCIA
Pesquisas recentes da Fundação Oswaldo Cruz, sobre a incidência da doença no coletivo de farmacêuticos, demonstrou que 61% apresentaram sintomas. Aliás, essa cifra que é maior do que cirurgiões, oncologistas e profissionais da área de emergências.
Além disso, a síndrome de burnout também tem influência de agentes externos. Conhecida também pelo nome de Síndrome do Esgotamento Profissional, é associada com os problemas diários aliados ao o que o farmacêutico se depara em seu trabalho habitual. Veja aqui como aliviar o estresse no espaço de trabalho.
Diante disso, podemos dizer que a pessoa que passa por um estresse alto e pressões, para que estejam sempre com atuando com excelência, estão mais suscetíveis ao problema. Conheça outros sinais do síndrome de burnout a seguir.
EFEITOS DA SÍNDROME
A performance do farmacêutico afetado pelo burnout cai drasticamente e, em sua maioria, buscam tratamento quando a situação já é evidente. Então, entre os sintomas, podemos citar:
- Cansaço físico e mental;
- Alterações no apetite;
- Dores de cabeça;
- Insônia;
- Sentimentos de fracasso e insegurança;
- Negatividade;
- Incompetência;
- Sentimento de derrota;
- Desesperança;
- Alterações no humor;
- Isolamento;
- Hipertensão;
- Alteração nos batimentos cardíacos;
- Dores musculares.
Além disso, pesquisas apontam que o farmacêutico ainda apresenta outros sintomas. São esses a despersonalização, desgaste emocional, falta de realização profissional e decepção por causa de problemas no trabalho. Somado a isso, ainda temos condições de trabalho específicas que afetam os farmacêuticos. Uma parte apontou o excesso de horas de trabalho, falta de controle e falta de tempo, como relevantes para agravar esse quadro.
E como isso pode afetar a saúde cliente da farmácia? Entenda abaixo!
CONSEQUÊNCIAS PARA O PACIENTE
No caso do farmacêutico, a síndrome de burnout pode ter efeitos no paciente que busca uma assistência farmacêutica. Pode haver uma decaída na satisfação do paciente sobre o serviço, enquanto pelo lado do farmacêutico, erros podem se tornar mais comuns.
Portanto, este dado deve ser tratado com cuidado, já que o farmacêutico pode comprometer a saúde do paciente. O que não pode ser tolerado, já que erros podem ser evitados se o profissional da saúde buscar tratamento. Mas como prevenir a doença?
FORMAS DE PREVENÇÃO
Para os farmacêuticos, compartilhar momentos com famílias e amigos é essencial. Além disso, o próprio local de trabalho pode melhorar sua qualidade de vida. Horas flexíveis, estímulo à liderança, ter mais benefícios e a compreensão durante os estudos sobre a importância de uma boa saúde mental.
Outra possibilidade são iniciativas feitas pelas próprias organizações onde trabalham os farmacêuticos. Criar programas direcionados para a saúde do farmacêutico pode ser uma alternativa aberta e acessível para todos os profissionais. Já sobre os medicamentos, existem soluções naturais para o estresse, mas que devem ser consultadas com um profissional da saúde.
Sendo assim, é fundamental que o farmacêutico esteja atento a sua saúde e procure tratamento o mais cedo possível. Pode ser um processo lento, mas que terá total impacto na vida do próprio farmacêutico, e na sua relação com o paciente, garantindo a segurança e confiabilidade na assistência farmacêutica, bem como nas formulações.
Gostou deste artigo? Compartilhe em suas redes sociais, para que mais colegas de profissão tenham acesso à informação.
Referências: UsPharmacist, Instituto Oswaldo Cruz