A nutrição holística é uma das alternativas que modificam o estilo de vida das pessoas por meio da alimentação. Atualmente, muitos indivíduos buscam ações pontuais que favoreçam mudanças significativas na sua rotina, principalmente devido ao declínio cognitivo resultante do excesso de consumo de alimentos ultraprocessados.
Uma pesquisa feita por cientistas da USP, com base no Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (Elsa-Brasil), comprova uma decaída do desempenho relativo à cognição ao longo do tempo. Apesar de ser um processo natural do envelhecimento, os números provam a necessidade de existir uma reavaliação alimentar e o acompanhamento médico a fim de evitar o aparecimento de doenças neurodegenerativas e o risco cardiovascular.
Portanto, permaneça conosco e conheça abaixo mais dados sobre o tema!
A importância de incentivar hábitos alimentares
Os hábitos de vida saudáveis devem ter influência no cotidiano das pessoas desde cedo. A partir do aleitamento materno, os pais precisam estar conscientes que esse alimento é rico em proteínas e estimula as funções cerebral e endócrina.
Assim, quando o pequeno passar para a fase da alimentação mais sólida, com a presença de comidas ricas em vitaminas e nutrientes, será um processo bastante natural. Por meio da valorização desses atos e uma comunicação compatível, é possível valorizar tais costumes na intenção de que ele cresça saudável.
Consequentemente, quando adulto, ele não ficará vulnerável ao aparecimento de doenças. Desse modo, estimula-se a consciência do quanto é importante optar por um estilo de vida saudável. Ao passo que é por meio dele que se garante a longevidade e o equilíbrio entre o corpo e a mente.
A alimentação nos diferentes grupos de famílias
Gradativamente, estudos mostram a importância de rever nossos hábitos alimentares. Isso porque não são todas as pessoas que cresceram com as orientações presentes no tópico anterior. Nem mesmo dispõem de uma rotina ou boas condições financeiras que proporcionem opções saudáveis na hora de se alimentar.
Segundo pesquisa do Datafolha, o consumo de alimentos ultraprocessados cresceu bastante durante os últimos anos, o que ainda vem sendo preservado por muitas famílias, sobretudo as de baixa renda e das regiões Norte e Nordeste. Com isso, há um risco aumentado para:
- obesidade (26%);
- sobrepeso (23% a 34%);
- síndrome metabólica (79%);
- dislipidemia (102%);
- doenças cardiovasculares (29% a 34%);
- mortalidade (25%).
Os fatores sociais contam ainda mais quando consideramos que a adesão à dieta MIND (Mediterranean-DASH Intervention for Neurodegenerative Delay), que visa reduzir o risco de doenças degenerativas, só mostrou eficiência em pacientes com alta renda.
É, portanto, fundamental olhar para os diferentes cenários de maneira ampla e entender como o acúmulo de gordura nas artérias impacta o desempenho cognitivo de diversos grupos.
O declínio cognitivo e a alimentação
Cerca de 15 mil pessoas, com idades entre 35 e 74 anos, participaram do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (Elsa-Brasil). Entre os resultados foi possível comprovar que a queda cognitiva de pessoas que consomem, no mínimo, 20% das calorias diárias em ultraprocessados é 28% maior ao longo da vida. Os participantes foram acompanhados entre 2008 e 2018.
Em relação ao acúmulo de gordura nas artérias, pessoas brancas sofrem ainda mais com o desempenho cognitivo, em relação à fluência verbal, memória, função executiva e domínio global. Assim, é necessário pensar em estratégias que evitem quadros de infarto ou derrames em pacientes com mau histórico de alimentação e hábitos nocivos à saúde. As causas costumam ser hipertensão, colesterol alto, tabagismo, diabetes e fatores genéticos.
Elsa-Brasil é um estudo nacional realizado por diversas instituições, como Fiocruz, USP, UFES, UFMG, UFBA e UFRGS, que acompanha a saúde e fatores de risco de pessoas de diferentes regiões do Brasil para doenças crônicas. Diversos artigos embasaram a piora do declínio cognitivo devido a fatores como doenças vasculares, enxaqueca, inflamações e consumo de álcool.
Desse modo, é importante estudar meios para incentivar a modificação no comportamento alimentar a fim de amenizar as chances de declínio cognitivo. Seja por meio de uma dieta equilibrada, seja também com soluções manipuladas que potencializam o resultado.
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